O plasma recolhido aos dadores portugueses de sangue vai servir pela primeira vez para fazer medicamentos. O presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) adianta que esta era uma meta antiga que, este ano, vai ser alcançada.
A poupança para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) ronda os 1,3 milhões de euros depois de um contrato assinado com uma empresa que irá tratar o plasma e devolvê-lo, sob a forma de medicamentos, ao IPST.
João Paulo Almeida e Sousa adianta, neste Dia Nacional da Dador de Sangue, que o país tem cerca de 256 mil dadores por ano e parte do plasma continuava a não ser aproveitado.
Com este plasma fracionado será possível fazer medicamentos que serão usados em Portugal, diminuindo a importação de medicamentos, com o presidente do IPST a dar o exemplo das imunoglobulinas, albuminas e fatores de coagulação.
Recorde-se que em dezembro de 2016, pouco depois do início do caso judicial do plasma a envolver a Octopharma, o Governo emitiu um despacho que obriga os hospitais do SNS a recorrerem primeiro ao IPST quando precisam de comprar plasma.
O presidente do IPST recorda que a esmagadora maioria dos hospitais hospitais já compram aí a maior parte do plasma de que precisam.