O Governo quer que o Laboratório Militar produza mais medicamentos para fornecer o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta entidade, juntamente com o Infarmed, terá de realizar um levantamento da legislação que é necessário mudar para que tal aconteça.
A intenção é que o Laboratório Militar se foque no desenvolvimento de substâncias que a Indústria Farmacêutica deixou de produzir e que "constituem uma lacuna terapêutica com potencial impacto negativo nos cuidados aos doentes", lê-se num relatório, produzido por um grupo de trabalho criado pelo Governo, que destaca que com a produção no Laboratório Militar ficam salvaguardados "o interesse e saúde públicos".
Da lista das oito substâncias previstas fazem parte um medicamento para a Doença de Wilson, um anti-inflamatório, um corticosteróide para o tratamento da Doença de Addison, um produto que altera a resposta do organismo à luz, um modificador biológico que normaliza o crescimento do cabelo, uma substância usada na prevenção de infeções oftalmológicas em recém-nascidos, um sedativo e um antituberculoso.
Para produzir estes novos medicamentos, o Laboratório Militar precisa de se modernizar – os peritos estimam um investimento de 16,75 milhões de euros – e de contratar mais 20 técnicos de várias áreas.